sábado, 13 de novembro de 2010

Poente

poente em Ararasphoto © 2005 Vitorio Benedetti more info (via: Wylio)






















Este pôr do sol em Araras provoca a lembrança de tantos poentes vistos em lugares diferentes deste mundo.
Recentemente, na tarde em que voltávamos de Guimarães para o Porto, da janela do trem era impossível contar todos os matizes do dourado que coloriam as nuvens.
Uma beleza, um encantamento, um mágico espetáculo a impressionar como visão.
Mas, principalmente, um poderoso estimulante para serenas e tranquilas considerações sobre outros poentes. Como é importante colorir, com o pensamento e o sentimento de uma insuspeitada beleza, a continuidade das fases que se sucedem na vida humana. Sobretudo, é fruto - e também semente de sabedoria - saber que todos os poentes são passagens para diversas e diferentes auroras.
Mesmo que não se possa vê-las, é bom imaginá-las radiantes como produtos dessa escuridão em que nós mergulhamos. E, sempre fica - como fio de esperança - o intermitente luzir de longínquas estrelas, o pálido claror de uma eventual lua... quando se deixam vislumbrar.